Eletrobras avalia vender distribuidoras federalizadas do Piauí e mais cinco estados
A questão, disse essa fonte, é que a Eletrobras vinha relutando em se desfazer das distribuidoras.
A Eletrobras passou a estudar a possibilidade de vender as seis distribuidoras de energia federalizadas que hoje fazem parte da holding estatal, diante do novo cenário para o setor elétrico criado pela renovação das concessões, disseram à Reuters duas fontes que acompanham o tema, uma do governo e outra próxima da empresa.
As distribuidoras --que atuam no Piauí, Rondônia, Acre, Amazonas, Alagoas e Roraima-- acumulam prejuízos seguidamente e, de acordo com a própria Eletrobras, só devem ser rentáveis a partir de 2014.
A fonte do governo, que falou sob condição de anonimato, disse que a presidente Dilma Rousseff deu, há tempos, aval para que a Eletrobras se desfaça de sua participação nessas empresas.
A questão, disse essa fonte, é que a Eletrobras vinha relutando em se desfazer das distribuidoras. "Mas agora, com as dificuldades no caixa por causa das concessões, vai faltar dinheiro para colocar nessas empresas."
A Eletrobras terá receita e geração de caixa menores com geração e transmissão de energia, que são os motores do grupo e os segmentos mais afetados pela renovação das concessões, o que aumentará o peso dos fracos resultados das distribuidoras no balanço da holding.
O grande problema das empresas federalizadas, segundo essa mesma fonte, é a gestão. Além de serem muito vulneráveis a influências políticas --inclusive estaduais--, elas teriam problemas na operação técnica.
Uma possibilidade que já foi discutida dentro do governo e com a estatal seria a de a Eletrobras vender apenas parte das distribuidoras, tornando-se sócia minoritária e tentando atrair, por exemplo, fundos de pensão para injetar capital e um operador privado do setor elétrico para cuidar da operação.
Procurada, a assessoria de imprensa da Eletrobras negou que exista orientação do governo no sentido de vender as distribuidoras, mas disse que a empresa está avaliando todos os seus negócios, de acordo com o novo cenário, buscando redução de custos e aumento de receita.
GERAÇÃO DE CAIXA NEGATIVA
Cinco das seis distribuidoras federalizadas da Eletrobras tiveram prejuízo combinado de 507 milhões de reais no primeiro semestre de 2012, com geração de caixa negativa (Ebitda, na sigla em inglês) de 109 milhões de reais no período. A estatal não disponibilizou o resultado da distribuidora no Acre para esse período.
O governo já vem tomando medidas para evitar que a Eletrobras seja utilizada, novamente, como bóia de salvação para empresas em dificuldades --como o grupo fez ao assumir o controle de distribuidoras estaduais no passado.
No caso da paraense Celpa, de controle privado e que tem a Eletrobras como sócia, autoridades do governo federal trataram de negar, assim que a distribuidora entrou com pedido de recuperação judicial no começo deste ano, que a estatal poderia assumir o controle da companhia.
A Celpa, parte do endividado Grupo Rede Energia, acabou tendo uma solução de mercado --ficará com a Equatorial Energia--, como era a intenção do governo federal desde o início.
Recentemente, o governo criou instrumentos regulatórios que ajudarão a evitar que a Eletrobras futuramente volte a assumir empresas endividadas, ao publicar no fim de agosto uma medida provisória que fortaleceu o instrumento de intervenção pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A MP 577 pavimentou a intervenção decretada pela Aneel em oito distribuidoras do Grupo Rede.
As distribuidoras --que atuam no Piauí, Rondônia, Acre, Amazonas, Alagoas e Roraima-- acumulam prejuízos seguidamente e, de acordo com a própria Eletrobras, só devem ser rentáveis a partir de 2014.
A fonte do governo, que falou sob condição de anonimato, disse que a presidente Dilma Rousseff deu, há tempos, aval para que a Eletrobras se desfaça de sua participação nessas empresas.
A questão, disse essa fonte, é que a Eletrobras vinha relutando em se desfazer das distribuidoras. "Mas agora, com as dificuldades no caixa por causa das concessões, vai faltar dinheiro para colocar nessas empresas."
A Eletrobras terá receita e geração de caixa menores com geração e transmissão de energia, que são os motores do grupo e os segmentos mais afetados pela renovação das concessões, o que aumentará o peso dos fracos resultados das distribuidoras no balanço da holding.
O grande problema das empresas federalizadas, segundo essa mesma fonte, é a gestão. Além de serem muito vulneráveis a influências políticas --inclusive estaduais--, elas teriam problemas na operação técnica.
Uma possibilidade que já foi discutida dentro do governo e com a estatal seria a de a Eletrobras vender apenas parte das distribuidoras, tornando-se sócia minoritária e tentando atrair, por exemplo, fundos de pensão para injetar capital e um operador privado do setor elétrico para cuidar da operação.
Procurada, a assessoria de imprensa da Eletrobras negou que exista orientação do governo no sentido de vender as distribuidoras, mas disse que a empresa está avaliando todos os seus negócios, de acordo com o novo cenário, buscando redução de custos e aumento de receita.
GERAÇÃO DE CAIXA NEGATIVA
Cinco das seis distribuidoras federalizadas da Eletrobras tiveram prejuízo combinado de 507 milhões de reais no primeiro semestre de 2012, com geração de caixa negativa (Ebitda, na sigla em inglês) de 109 milhões de reais no período. A estatal não disponibilizou o resultado da distribuidora no Acre para esse período.
O governo já vem tomando medidas para evitar que a Eletrobras seja utilizada, novamente, como bóia de salvação para empresas em dificuldades --como o grupo fez ao assumir o controle de distribuidoras estaduais no passado.
No caso da paraense Celpa, de controle privado e que tem a Eletrobras como sócia, autoridades do governo federal trataram de negar, assim que a distribuidora entrou com pedido de recuperação judicial no começo deste ano, que a estatal poderia assumir o controle da companhia.
A Celpa, parte do endividado Grupo Rede Energia, acabou tendo uma solução de mercado --ficará com a Equatorial Energia--, como era a intenção do governo federal desde o início.
Recentemente, o governo criou instrumentos regulatórios que ajudarão a evitar que a Eletrobras futuramente volte a assumir empresas endividadas, ao publicar no fim de agosto uma medida provisória que fortaleceu o instrumento de intervenção pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A MP 577 pavimentou a intervenção decretada pela Aneel em oito distribuidoras do Grupo Rede.
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