Trump anuncia bombardeio a três usinas nucleares no Irã e eleva tensão no Oriente Médio

Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, anunciou neste sábado (21) que as forças armadas norte-americanas realizaram bombardeios contra três instalações nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Esfahan.

Em publicação nas redes sociais, Trump parabenizou os militares pela operação, destacando que o principal alvo foi a usina de Fordow e que as tropas já haviam deixado o espaço aéreo iraniano após a ação.e paz!", escreveu o presidente, classificando a missão como um grande sucesso militar.

A ofensiva ocorre em meio ao aumento das tensões na região, após um ataque-surpresa de Israel contra o Irã no dia 13 de junho, sob a acusação de que Teerã estaria próximo de produzir uma arma nuclear. O Irã, por sua vez, nega as acusações e afirma que seu programa nuclear tem fins exclusivamente pacíficos, estando alinhado ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), do qual é signatário.

Em resposta à escalada militar, o Exército do Iêmen emitiu um comunicado alertando que atacará navios comerciais e militares dos Estados Unidos no Mar Vermelho caso Washington amplie sua participação no conflito em apoio a Israel. O porta-voz militar iemenita, Yanya Saree, afirmou que as tropas estão de prontidão para responder a qualquer ação hostil.

“Se os americanos estiverem envolvidos com o inimigo israelense em um ataque contra o Irã, as Forças Armadas do Iêmen atacarão seus barcos e navios de guerra no Mar Vermelho. As Forças Armadas estão acompanhando, monitorando toda as ações na região, incluindo movimentos hostis contra nosso país”, declarou Saree nas redes sociais.

Nesse sábado (21), a agência de notícias Reuters divulgou que bombardeiros B-2 Spirit, conhecidos por sua capacidade de atingir alvos subterrâneos e bunkers fortificados, estão sendo deslocados para a Ilha de Guam, no Pacífico, como parte da preparação militar dos EUA. Fontes do governo americano indicaram que o envio dessas aeronaves reforça a prontidão para possíveis novos ataques.

O recente ataque americano marca mais um capítulo nas disputas sobre o programa nuclear iraniano. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vinha cobrando maior transparência de Teerã, mas até o momento não apresentou provas concretas de desenvolvimento de uma arma nuclear. O Irã, por outro lado, acusa a agência de agir sob influência política de potências ocidentais como Estados Unidos, França e Grã-Bretanha.

O setor de Inteligência dos EUA, em relatório divulgado em março deste ano, havia afirmado que o Irã não estava construindo armas nucleares. No entanto, o próprio presidente Trump agora questiona essa conclusão.

Enquanto isso, Israel, que historicamente se opõe a um Irã nuclear, mantém seu programa atômico em sigilo, embora diversas fontes internacionais afirmem que o país possui ao menos 90 ogivas nucleares desde a década de 1950.

Com informações do site: Agencia Brasil