“Ele poderia dizer que errou, assumir”, diz Jader sobre Moaci
Em depoimento concedido na sessão de julgamento na manhã de hoje (4), Jader Damasceno afirmou que se tornou um “potencial suicida” e pediu aos jurados que seja feita “minimamente a Justiça”.
Na manhã desta quarta-feira, 4 de março, acontece o julgamento de Moaci Moura da Silva Júnior, acusado de causar o acidente que vitimou fatalmente os irmãos Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Júnior, além de ferir gravemente o jornalista Jader Damasceno, em junho de 2016. A sessão de julgamento acontece no Tribunal Popular do Júri.
Em seu depoimento, Jader relembrou os amigos Bruno e Chagas e o trabalho que realizavam no coletivo Salve Rainha, assim como relatou as sequelas físicas e psicológicas que teve por conta do acidente.
- Foto: Luis Marcos/Viagora
Jader Damasceno presta depoimento no julgamento de Moaci Moura.
O jornalista afirmou que se tornou um “potencial suicida” e pediu aos jurados que seja feita “minimamente a Justiça”.
“Já pensei em dar um ponto final a tudo isso, inclusive ontem, porque sabia que estaria aqui hoje. Quando vi meu rosto pela primeira vez [após o acidente], não me reconheci. Fiquei muito fragilizado fisicamente. Caminhar, andar, correr, dançar. Oportunidades que eu sempre tive. Perder tudo isso foi e é muito difícil para mim. Ainda tenho que ficar sujeito aos outros, sabendo que ninguém tem obrigação de viver minhas feridas, essas feridas não fui eu que escolhi. Infelizmente, eu estava no caminho de um menino que achou que podia voar”, contou.
Jader comentou sobre uma ação civil de reparação de danos que moveu na Justiça contra Moaci. Segundo ele, foi feito um acordo onde o jornalista recebeu 12 parcelas de pouco mais de R$ 1 mil, pelo tempo em que ficou desempregado. “Não estou fazendo por vingança, mas porque merece”, argumentou sobre o processo.
Após finalizar o depoimento, Jader saiu bastante abalado e teve uma crise de choro, precisando ser amparado por uma amiga. Alguns momentos depois, mais calmo, o jornalista conversou com a imprensa e declarou que não sente nada pelo acusado ou sua família, mas que espera que Moaci seja condenado e pague pelo crime.
- Foto: Luis Marcos/Viagora
Jader conversou com a imprensa após concluir depoimento.
“Espero que ele seja punido. Não podemos deixar que esse crime seja apenas uma estatística. Fiz o que pude para que as pessoas entendam que crimes como esse não devem ser cometidos. [...] Acidente é algo inesperado. Se sei que beber e dirigir eu posso morrer e matar, então eu escolhi. Quero que ele pague pela escolha dele. Meus amigos estão pagando mortos. Eu estou pagando por uma escolha dele, então que seja agora a hora dele pagar”, disse.
Questionado sobre o fato do réu não ter esboçado nenhuma reação durante o depoimento de Jader, o jornalista afirmou que Moaci não parece dar a importância devida ao caso.
“Ele [Moaci] não está nem aí. Se ele quisesse me reparar minimamente, teria me procurado. Só conheci a família na primeira audiência, mas nunca tive oportunidade de falar com ele”.
“Gostaria de ter dito: pague e pare de lutar. Ele está andando contra a maré. Todo mundo faz escolhas e em algum momento paga por elas. Ele podia dizer que errou, assumir, talvez fosse até mais nobre”, comentou o jornalista.
- Foto: Luis Marcos/Viagora
Francisco das Chagas Araújo, pai dos irmãos Bruno Queiroz e Chagas Júnior.
Além de Jader Damasceno, serão ouvidas mais três testemunhas de acusação e quatro da defesa. Após o depoimento das testemunhas, o réu será ouvido pelo júri. A sentença deverá ser proferida nos próximos dias. Estiveram presentes no julgamento o pai dos irmãos Bruno e Chagas, assim como os pais de Jader e a mãe de Moaci.
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