Responsável por licitações de Campo Maior recebeu dinheiro de alvo da PF
O prefeito do município Joãozinho Félix afirmou ao Viagora que "tudo da prefeitura é feito dentro da legalidade".
Relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE/PI), obtido com exclusividade pelo Viagora, e que faz parte do inquérito policial da “Operação Monopolium”, aponta que mesmo sem nunca ter trabalhado como advogado para nenhuma das empresas licitantes em Campo Maior, o responsável por prestar serviços técnicos especializados de assessoria e consultoria em licitações do município, Marcus Vinicius Santos Rodrigues de Carvalho, recebeu na sua conta pessoal R$ 3.000,00 (três mil reais) da empresa Max Digital e R$ 1.000,00 (um mil reais) de Pedro Henrique Moura Mendes, dois dos principais alvos da Operação.
A Polícia Federal viu que o advogado possui estreitas relações financeiras com empresários que trabalham com a Prefeitura de Campo Maior, levantando a seguinte hipótese: “A empresa MAX DIGITAL PRINT LTDA (CNPJ: 09.643.969/0001-55), por meio dos sócios GUILHERME PAES LANDIM DO LAGO e RAQUEL FONSECA NAPOLEÃO DO REGO DO LAGO, agiu em conluio com PEDRO HENRIQUE (chefe da coordenação de licitação da Câmara dos Vereadores de Teresina), com MARCUS VINICIUS SANTOS RODRIGUES DE CARVALHO, prestador de SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS DE ASSESSORIA E CONSULTORIA JURÍDICA EM LICITAÇÕES, com os Secretários de Educação e Finanças de Campo Maior/PI e entre outros agentes públicos e políticos ainda não identificados, para promover a contratação direta fora das hipóteses legais, mediante o instrumento da inexigibilidade, e obter vantagem ilícita mediante contrato com o município de Campo Maior/PI.”

Prima recebeu depósitos em conta das mesmas empresas
O que mais chama a atenção no caso, mas que passou despercebido até mesmo para a Polícia Federal, é que a prima do responsável pelas contratações fraudulentas de Campo Maior e outros Municípios investigados no Inquérito, Laura de Carvalho Silva , que chegou a trabalhar em dois outros municípios que nada tem relacionado a situação (Colônia do Piaui e União), foi destinatária, entre 2021 e 2023 de transferências bancárias feitas pela Max Digital na ordem de R$ 13.550,00 (treze mil e quinhentos e cinquenta reais), provocando estranheza a PF que disse, “Provoca estranheza uma servidora pública que passou por diferentes cargos de gestão e coordenação de contratos com a administração pública estar recebendo valores de uma empresa que celebra contratos com alguns municípios tanto do Estado do Piauí como também do Maranhão.”
O que a PF não sabia é que o advogado e a servidora possuem grau de parentesco próximo e que há uma possibilidade do mesmo está usando a parente para receber valores possivelmente ilícitos, ou, no mínimo, com sério conflito de interesses envolvidos.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o prefeito de Campo Maior falou sobre o assunto. "O que aconteceu, que houve uma licitação no âmbito de compra de livro para a secretaria de educação que foi não só em Campo Maior como no Piauí todinho, no Maranhão e foi 100% entregue não ocorreu nada ilícito. Essa questão do advogado não tem nada haver com a gente é lá da empresa, que tem alguma pessoa ou outra ligada á A ou B, o que aconteceu foi a licitação normal e que tá lá os livros, foram entregues tem testemunhas que são as próprias professoras, não têm nada dentro da irregularidade. Tudo da Prefeitura de Campo Maior é feito dentro da legalidade", explicou Joãozinho Félix.
O Viagora procurou o advogado Marcus Vinicius Santos para falar sobre o caso, mas até o fechamento da matéria o profissional não foi localizado. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.
Nenhum representante da empresa Max Digital Print foi encontrado para falar sobre o assunto.
O chefe da coordenação de licitação Pedro Henrique também foi procurado para comentar o caso, mas não foi localizado até o fechamento da matéria.
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