Vendedores do Shopping da Cidade de Teresina esperam alta nas vendas no final do ano

Com a aproximação de datas comemorativas importantes, como a Black Friday e o Natal, os permissionários do Shopping da Cidade, localizado no Centro de Teresina, estão na expectativa de um aumento nas vendas. Inaugurado em 2009, o centro comercial reúne cerca de 1.500 vendedores e oferece uma ampla variedade de produtos, desde calçados e roupas até utensílios domésticos.

O Viagora esteve no local e ouviu permissionários sobre o desempenho nas vendas ao longo do ano e as projeções para o fim de 2025. Os relatos variam entre otimismo e frustração, além disso, eles destacaram estratégias criativas para atrair o consumidor em meio à queda no fluxo de clientes.

Cleonara de Sousa, que trabalha no local desde a sua inauguração, relata que as vendas diminuíram significativamente nos últimos anos. Com 16 anos de experiência no comércio, ela conta que, mesmo em condições precárias nas antigas barracas da praça, o volume de vendas era maior.

Foto: Viagora

Shopping da Cidade

“Lá era um local que não tinha segurança, não tinha cobertura legal, mas a gente vendia muito mais. A gente praticamente perdia o horário de almoço, por vender demais. E aqui, é como eu costumo brincar, a gente almoça, cochila, conversa muito e os clientes querem comprar, mas a gente observa que há pouca circulação de dinheiro”, disse.

Apesar do cenário desafiador, Cleonara destaca que aposta em estratégias para manter as vendas ativas e atrair os clientes. “Você tem que usar sua estratégia de vendedor, a empolgação, a autoestima, uma boa mercadoria, isso tudo conta muito. E não deixar de investir, porque você tem todo o tipo de pessoa, e você tem que estar empolgado sempre, se não se empolgar no seu comércio, você vai junto. E colocando coisas maravilhosas para atrair o olhar do povo”, declarou.

Foto: Viagora

Shopping da Cidade

A vendedora Carla Pereira, permissionária há 1 ano, diz o fluxo de vendas está abaixo do esperado, mesmo em datas comemorativas. “As vendas são horríveis, desde quando eu entrei nunca vi uma data comemorativa boa. Para se ter uma noção, nunca consegui tirar meu salário daqui. As pessoas ficam nas lojas lá debaixo, ficam pouco tempo por causa do estacionamento, e nem vêm aqui”, explicou.

Em contrapartida, Fabrícia Araújo, vendedora há 8 anos, contou que começou a vender no shopping, pois buscava melhorias, e diz que o local é movimentado e seguro.

“Muitas pessoas vêm de fora e encontram tudo aqui, sem precisar se locomover muito. As vendas são boas, você tem mercadorias de qualidade, com um preço bom, se você sabe trabalhar na internet e vender o seu produto, a venda é boa. Só é ruim para quem não sabe trabalhar seu produto”, disse.

Fabrícia relatou que as expectativas para o final do ano são positivas e que já está se preparando para receber os clientes. “Agora começam a sair as coleções para novembro e dezembro. Eu compro uma boa quantidade para que a cliente não encontre outra pessoa usando a mesma peça”, finalizou.