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Adolescente sequestrado em Monsenhor Gil participa de competição horas após resgate

Jorge Gabriel mostrou superação ao disputar prova de corrida com barreiras após viver 18 horas de terror em um cativeiro na zona rural de Nazária.

O atleta Jorge Gabriel, de 14 anos, participou da prova de corrida com barreiras dos Jogos Escolares Piauienses (JEPIs), horas após ser resgatado de um sequestro que durou cerca de 18 horas.

De acordo com o governo, a competição aconteceu na cidade de Regeneração, onde ocorria a etapa polo dos JEPIs. O adolescente, que é aluno da Escola César Brito, foi sequestrado na noite de quinta-feira (26), logo após sair de um treino de atletismo no município de Monsenhor Gil.

Foto: Divulgação/ Governo do PiauíAtleta Jorge Gabriel
Atleta Jorge Gabriel

Conforme o governo, a notícia do desaparecimento mobilizou familiares, colegas, autoridades locais e da capital. Após intensas buscas, policiais civis, militares, rodoviários federais e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) conseguiram resgatar o jovem na tarde de sexta-feira (27).

Surpreendendo a todos, poucas horas depois do resgate, Jorge decidiu entrar na pista e disputar a corrida, demonstrando sua paixão pelo esporte e sua força de vontade.

O treinador do jovem, Jozimar Venção, destacou que ele é um atleta dedicado e com muito potencial. “Ele ganhou um campeonato de jiu-jitsu em Teresina essa semana e já estava preparado para outra competição em Regeneração. Muito esforçado e focado nos treinos”, afirmou.

Josiene Campelo, secretária estadual dos Esportes, também se pronunciou. “O esporte tem um poder que vai do além do físico. Ele cura, reconstrói, dá sentido. Ver o Jorge competindo com poucas horas depois de viver algo tão traumático nos ensina o verdadeiro significado da superação. A coragem dele nos inspira e nos mostra por que acreditamos tanto no que fazemos através do JEPIs”, destacou.

De acordo com Adriano Dias, diretor de Desporto Escolar da Secretaria dos Esportes (Secepi), o jovem atleta conquistou o terceiro lugar na prova. “O caso de Jorge, reforça o papel do esporte na vida das crianças e adolescentes. No JEPIs, ele não apenas superou obstáculos físicos na pista, mas deu uma prova que saiu mais forte que nunca”, concluiu.

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