PF conclui análise do celular encontrado com vereadora Tatiana Medeiros

Nesta quinta-feira (05), a Polícia Federal no Piauí concluiu as investigações acerca do celular encontrado com a vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa durante a Operação Escudo Eleitoral em 03 de abril deste ano. O relatório final foi protocolado no processo judicial eletrônico que trata do caso.

Conforme informações da PF, o aparelho foi localizado no dia 20 de maio deste ano na sala de Estado Maior do Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar, onde a parlamentar estava presa. A vereadora chegou a confessar à Polícia Militar, no dia do ocorrido, que o celular foi entregue por um advogado.

As investigações apontaram que Tatiana Medeiros teve acesso à internet, conseguiu fazer chamadas de vídeo com o namorado, que se encontra preso em Belo Horizonte, e até mesmo compras online em uma loja de artigos religiosos.

De acordo com a polícia, o celular teria sido entregue à vereadora no dia 7 de abril deste ano, quatro dias após sua prisão. Ela ainda teria pesquisado passagens aéreas de Belo Horizonte com destino a Teresina.

Entenda o caso

A vereadora Tatiana Medeiros foi presa pela Polícia Federal em sua residência no dia 3 de abril deste ano, na zona Leste de Teresina, no âmbito da 2ª fase da Operação Escudo Eleitoral.

A parlamentar foi indiciada pelos crimes de organização criminosa, compra de votos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, apropriação indébita e peculato-desvio. O delegado Daniel Alves presidiu o inquérito encaminhado no dia 11 de abril ao Poder Judiciário.

O relatório policial aponta fortes indícios de que a campanha da vereadora teria sido financiada com recursos de uma facção criminosa e desvios de verbas públicas da ONG Instituto Vamos Juntos, que pertence à Tatiana Medeiros.

Nessa segunda-feira (2), a juíza Júnia Maria Bezerra Feitosa Fialho, da 1ª Zona Eleitoral de Teresina, concedeu prisão domiciliar à vereadora Tatiana Medeiros (PSB), acusada de ter utilizado recursos ilícitos para custear sua campanha eleitoral. A parlamentar está presa desde 3 de abril, quando foi alvo da Operação Escudo Eleitoral deflagrada pela Polícia Federal.

Confira a nota da PF na íntegra:

A Polícia Federal no Piauí informa que foi concluída a análise do aparelho telefônico encontrado na custódia da investigada na Operação Escudo Eleitoral.

A respectiva informação de polícia judiciária já foi devidamente protocolada no processo judicial eletrônico que trata do caso, nos termos da legislação vigente.

Em cumprimento à decisão judicial de compartilhamento de provas, o material também será encaminhado à Polícia Militar, com a finalidade de subsidiar o procedimento instaurado no âmbito daquela corporação.