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Quatro envolvidos em assassinato de jovem em escola de Teresina são presos e apreendidos

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí. os envolvidos foram localizados nessa quinta-feira (14).

A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), prendeu e apreendeu, nessa quinta-feira (14), quatro pessoas suspeitas de participação no assassinato de Alex Mariano Nascimento Moura, adolescente morto dentro da Unidade Escolar Residencial Esplanada, zona Sul de Teresina.

De acordo com a polícia, entre os detidos está T.G.S.M., conhecido como “Neguinho”, menor de idade, localizado no bairro Torquato Neto. Ele relatou que o crime foi motivado por uma publicação feita por Alex em uma rede social, visível apenas para “melhores amigos”, na qual o adolescente exibia uma arma de fogo modelo Beretta. A imagem teria sido mostrada a integrantes de uma facção rival, incluindo I.S.B. (“Balinha”), B.B.R. e A.A.P. (“Maguim”).

Foto: DivulgaçãoMariano Moura, estudante de 16 anos morto em escola
Mariano Moura, estudante de 16 anos morto em escola

Segundo o depoimento de T.G.S.M., o grupo abordou Alex, tomou seu celular e confirmou que ele teria ligação com uma organização criminosa adversária. A.A.P. ficou com o aparelho e, após pular o muro, disse que retornaria para cometer o homicídio. Pouco tempo depois, voltou ao local. T.G.S.M. chamou Alex sob o pretexto de devolver o celular, levando-o para o fundo da escola, onde o adolescente foi executado com disparos de arma de fogo por A.A.P., que fugiu logo após.

Imagens de câmeras de segurança mostram um homem de capacete circulando pela rua nos minutos anteriores ao crime e, em seguida, pulando o muro para fugir logo após os tiros.

Após identificar autoria e motivação, equipes do DRACO iniciaram diligências durante a madrugada. A mãe de um dos menores envolvidos compareceu à delegacia com o filho, que confirmou a versão de T.G.S.M. e admitiu ter participado do “tribunal do crime” que antecedeu a execução.

Também foram detidos uma mulher identificada pelas iniciais A.P.C., responsável por repassar a foto de Alex aos criminosos, um homem adulto e o menor B.B.R., apontado como integrante do grupo.

Conforme a polícia, o autor dos disparos, A.A.P., de 17 anos, acumula diversas passagens pela polícia. Em 2025, ele foi apreendido por roubo em janeiro, internado por 45 dias no Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP), e novamente detido por dano e ameaça durante a internação. Em abril, voltou a ser internado por roubo de veículo. Recebeu liberdade assistida em julho e, menos de um mês depois, cometeu o homicídio.

No ano de 2024, ele já havia sido flagrado por tentativa de roubo em janeiro e investigado por roubo em fevereiro.

O secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, destacou que o caso expõe a fragilidade da lei na contenção de crimes praticados por adolescentes ligados a facções.

“A demora no julgamento de processos por atos infracionais graves faz com que adolescentes sejam colocados em liberdade ‘assistida’ de forma abrupta. A cada nova ocorrência, reforça-se a sensação de impunidade, estimulando a reincidência e aumentando a audácia dos jovens infratores”, afirmou o secretario. 

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