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Assentamento recebe incentivo para criação de galinha canela-preta em Teresina

De acordo com a SAF, o investimento previsto é de R$ 4,6 mil por família, recurso que inclui a compra dos animais e a construção da infraestrutura para a criação.

A Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) realizou, nessa segunda-feira (25), a entrega de pintos da raça canela-preta a famílias do assentamento 8 de março, localizado na zona rural de Teresina. A ação integra o programa Fomento Rural, desenvolvido em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

De acordo com a Secretaria da Agricultura Familiar, o investimento previsto é de R$ 4,6 mil por família, recurso que inclui a compra dos animais e a construção da infraestrutura necessária para a criação. As atividades contam com apoio técnico da SAF e acompanhamento de pesquisadores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi).

Foto: Divulgação/Governo do PiauíPintos da raça canela-preta.
Pintos da raça canela-preta.

Segundo a assessora técnica da SAF, Abigail Carvalho, 11 famílias serão beneficiadas com um total de 550 pintos. Ela explicou que o trabalho inclui orientação sobre manejo e cuidados de saúde com base em práticas agroecológicas.

“Estamos acompanhando todo o processo, desde a aquisição e a alimentação dos animais até o acompanhamento técnico. Também orientamos sobre o uso de fitoterápicos, como pimenta-do-reino, açafrão e alho, práticas ligadas à agroecologia que reduzem os riscos de doenças. Esse trabalho contribui não só para a renda das famílias, mas também para a segurança alimentar e para criar um ambiente melhor para a educação de seus filhos”, afirmou.

Conforme a secretaroa, a galinha canela-preta, originária do Piauí, é considerada patrimônio histórico, genético e socioeconômico. A espécie é valorizada pela rusticidade, resistência a doenças, baixo custo de criação e importância na culinária local. Sobre essas características, Abigail destacou: “Elas são rústicas, mais resistentes a enfermidades e têm baixa dependência de insumos, o que se adequa à realidade do pequeno produtor. Posso oferecer ração industrializada, mas também posso fornecer alimentos produzidos de forma agroecológica ou até soltá-las no campo, que elas se desenvolvem da mesma forma, apenas com tempos diferentes. Além disso, têm um valor especial na gastronomia, atraindo até turistas de outros estados em busca desse sabor diferenciado”.

Entre os agricultores contemplados, Expedito Xavier ressaltou o impacto do benefício para sua família. “É só felicidade, porque vocês nem imaginam o quanto isso vai ajudar a gente. Não temos carteira assinada, vivemos da roça, plantando e colhendo. E, de repente, Deus manda esse presente para a gente trabalhar e melhorar nossa renda. Daqui pra frente, as coisas só vão melhorar”, disse.

A agricultora familiar Zuleide Oliveira, que já havia recebido pintos da raça há cerca de 40 dias, relatou sua experiência com a criação. “Essa raça é diferente das outras galinhas caipiras, são mais agitadas. Recebemos orientações de alimentação, como oferecer ração um pouco molhada, restos de arroz e de salada. Eles estão saudáveis e já mostram bom desenvolvimento”, contou.

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