"Saúde, educação e finanças precisam de mais atenção", avalia Silvio Mendes
O prefeito também detalhou os desafios do novo mandato e falou sobre planejamento e problemas deixados pela gestão anterior.
Com oito meses exercendo o terceiro mandato, o prefeito de Teresina Silvio Mendes concedeu entrevista exclusiva ao Viagora e falou sobre a situação da máquina pública, implementação de medidas e desafios da nova gestão, dentre outros assuntos.
“Estou administrando a cidade pela terceira vez, mas o mais difícil é esse mandato de agora. Nas outras vezes, a gente sucedeu gestões equilibradas e essa vez não. Então, a começar da desorganização interna da gestão propriamente dita. A segunda é a questão fiscal, a questão financeira, uma dívida muito elevada que está sendo levantada para esclarecer a origem delas e o que é que deve ser feito. E o terceiro é se reorganizar para a demanda da cidade, para que ela possa fazer o que a população tem direito, precisa, reclama e o que a gente quer também”, ressaltou o gestor.

Sobre a condição financeira do município, Silvio detalhou a situação atual. “Olha, nós recebemos a gestão e fomos levantar toda a dívida, falando em dívida, a que a prefeitura tem, então são as mais diversas possíveis. Tem dívidas de empréstimo bancário, tem dívidas com fornecedores, tem débito com processo formalizado, tem dívida que não tem processo, aqui tem de tudo. Então, nós fomos ao Tribunal de Contas do Estado, relatar a situação e a orientação foi que a gente pudesse fazer um aprofundamento, o que é que procede, o que é que não, para ver quais as providências de uma e de outra situação. O primeiro levantamento foi feito, foi concluído, foi discutido na semana passada, tem alguns processos que já estão bem claros sobre o que aconteceu, tem outros que começaram a ser investigados e tem também os que ainda precisam começar a ser apurados”, revelou o prefeito.
O prefeito detalhou os desafios do novo mandato e falou sobre planejamento: “Bom, os três pilares de uma gestão são: você tem que ter recursos humanos adequados, você tem que ter recurso financeiro para cumprir o que precisa ser feito e terceiro, você tem que ter um planejamento do que deve ser feito pela cidade. É o que a gente está fazendo nesse momento, identificando as nossas dívidas, analisando e padronizando, por exemplo, na rede de saúde, padronizando o que é que cada UBS deve ter, o que é que cada hospital deve ter, o que o HUT deve ter. Ele tem um perfil que seja uniforme para cada missão de cada órgão. E aí, na saúde, na educação, nós já convocamos e contratamos uns 1.200 servidores na saúde, um pouco mais de 1.000 na educação. Tem outras áreas que precisam ser ou renovadas ou ampliadas, mas precisam ter o cuidado de limitar as despesas, inclusive por conta da lei de responsabilidade fiscal”, pontou.
Silvio Mendes também fez uma avaliação acerca das áreas que precisam de mais atenção da administração pública com base nas necessidades da população.
“Na minha avaliação, são três coisas que estavam mais desorganizadas e que refletem muito no cotidiano das pessoas. A primeira é a saúde, desorganizada, faltando insumos e o atendimento ruim. A educação, a gente tinha, só um indicador, a gente tinha uma alfabetização de 96% no primeiro ano do ensino fundamental e caiu para 54%. Então, nós estamos recuperando rapidamente, já recuperamos bastante esse aspecto, mas é preciso continuar porque não chegamos ainda no patamar de como nós deixamos a prefeitura lá atrás. E a questão financeira, nós temos ainda algumas medidas, nós reduzimos as despesas, nós extinguimos sete secretarias, reduzimos onde foi possível reduzir", disse o gestor.
Ainda sobre o assunto, o prefeito completou: “Para a parte de recursos humanos, vai precisar continuar reduzindo, é dramático porque é muito ruim você ter que tirar a renda de quem quer que seja, e nós extinguimos sete secretarias e criamos duas, pequenas, mas são importantes. Uma de Defesa Civil para as questões coletivas, tipo alagamento, queda de árvore, coisas desse tipo. E uma da Guarda Civil Municipal, que é uma das maiores reclamações da população, é a falta de segurança que ela tem no dia a dia. Então, assim, rapidamente são esses três pontos que a gente precisa dar mais atenção. A gente tem que ter um olhar, o poder público, ele tem que abrir a porta, acolher, ter sensibilidade, principalmente com população mais pobre, morador de rua, desempregado, as pessoas que não tem alternativa, que não tem ninguém que fale por eles”, disse Silvio Mendes.

Problemas deixados por outras gestões
Questionado sobre o tempo para colocar “Teresina nos eixos” devido aos problemas deixados pela gestão anterior, o prefeito declarou:
“Primeiro, não é a gestão só do Pessoa, tem as gestões passadas. Eu não posso dizer para você qual foi a gestão. O que eu digo é que a dívida que a prefeitura tem, correta ou errada, o que nós levantamos, é de mais de 3 bilhões de reais. E o orçamento é de 5 bilhões e 400 milhões de reais, portanto, é uma dívida muito grande. Se isso for tudo legal, como é que se paga isso? Como é que se paga? Porque vai ter que ser negociado um pagamento a longo prazo. Eu não sei como é que isso vai. Só posso lhe responder quando eu tiver isso levantado. Eu acho que nos próximos 15 dias a gente tem essa informação”, afirmou.
Com relação a possibilidade do município adquirir uma estabilidade econômica até o final deste ano, o gestor foi enfático: “Não, nem pagar 3 bilhões, nem esse ano, nem o ano que vem. É preciso renegociar, porque já foi feita a renegociação com o Banco do Brasil, diminuindo um pouco os juros, aumentando o prazo de carência. Então, a gente vai respirar um pouco. E a gente está passando já de um mês para o outro, sem ser no vermelho, já tem um pouquinho de ‘respiro’ de estar batendo a despesa com a receita, mas é preciso sobrar muito para poder pagar quem está devendo”, concluiu.
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