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Piauí se destaca na produção de camarão com crescimento de 23%, diz IBGE

O índice da produção supera o estado de Sergipe e se aproxima da Bahia, assim, consolidando o Piauí como o sexto maior produtor nacional do crustáceo.

Dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), divulgados pelo IBGE, informam que a produção de camarão no Piauí registrou um aumento de 23% entre 2023 e 2024, alcançando 4,2 mil toneladas no último ano.

Conforme levantamento, o índice da produção supera o estado de Sergipe, que contabiliza 4,1 mil toneladas, e se aproxima da Bahia, com 4,8 mil toneladas, assim, consolidando o Piauí como o sexto maior produtor nacional do crustáceo.

De acordo com o governo, a carcinicultura piauiense movimentou R$ 85 milhões em 2024, valor 34% superior ao de 2023, quando o faturamento foi de R$ 63,2 milhões. O estado é responsável, atualmente, por 2,92% da produção brasileira.

Foto: Divulgação / Governo do PiauíProdução de camarão no Piauí
Produção de camarão no Piauí

Segundo o Estado, esse crescimento está associado aos incentivos realizados, como a alíquota de ICMS zerada para produtores de camarão que estão inscritos no Cadastro de Contribuintes do Estado do Piauí (Cagep) e o subsídio na conta de energia elétrica para irrigantes, que garante 90% de desconto no consumo entre 21h e 6h.

Conforme o presidente da Associação de Criadores de Camarão do Piauí, Santana Júnior, a potencialização da produção se deve pelo trabalho da Semarh junto aos benefícios estaduais. “Com o setor mais organizado aliado à alta demanda do mercado e uma maior abertura junto aos órgãos competentes na agilização dos processos de renovações de licenças operacionais, estamos conseguindo produzir cada vez mais. A expectativa para 2025 é um crescimento de 15%, algo próximo a 5 mil toneladas de camarão”, disse.

O gerente operacional da empresa Aquinor – Agricultura do Nordeste Ltda, Ricardo Savegnano, relatou que os investimentos recentes devem ampliar mais a capacidade produtiva do setor. “Aumentamos nossa área de viveiros em 127 hectares. Tínhamos 240 hectares e, agora, totalizamos 367 hectares de lâmina d’água. Parte dos viveiros novos entrou em atividade no terceiro trimestre de 2024 e o restante no início de 2025. Estamos fazendo a maturação dos viveiros neste ano e acreditamos que, em 2026, já teremos um incremento produtivo e faturamento de pelo menos 50%”, destacou.

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