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Piauí registra aumento nos transplantes de rim e córnea em 2025

O crescimento nas doações de órgãos reduziu tempo de espera e transformou vidas de pacientes piauienses

Os dados da Central Estadual de Transplantes apontaram que, de janeiro a agosto de 2025, o Piauí registrou avanços significativos na área de transplantes, com 46 cirurgias renais e 191 de córnea realizadas. Em comparação ao mesmo período de 2024, os números representam um aumento de 84% nos transplantes de rim e de 4,94% nos de córnea, oferecendo mais qualidade de vida a quem aguardava na fila.

De acordo com o governo, entre os beneficiados está a professora Sílvia Estela, de 59 anos, que passou por seu segundo transplante de córnea em junho. “Em 2022, minha visão estava muito ruim, mesmo com os óculos, não enxergava direito, e minha médica me encaminhou para a fila de transplantes de córnea. Em setembro do ano passado, fiz minha primeira cirurgia. Neste ano, precisei entrar novamente na fila, pois o outro olho já estava comprometido também e, dessa vez, em pouco mais de seis meses na fila, eu fiz novamente”, relatou emocionada.

Foto: Divulgação/ Governo do PiauíTeresa Mendes, técnica em patologia
Teresa Mendes, técnica em patologia

Os dados também mostram crescimento nas doações: múltiplos órgãos subiram de 25 para 35 casos (alta de 40%), e córneas passaram de 98 para 114 (crescimento de 16,3%). Esses avanços reduziram o tempo de espera de muitos pacientes, como aconteceu com a técnica em patologia Teresa Mendes, que enfrentava a distrofia de Fuchs. “Quando me chamaram em junho eu tomei um susto, porque da outra vez eu passei um ano e oito meses na fila. Minha vida melhorou demais após o transplante. Consigo fazer minhas atividades em sala de aula e no dia a dia”, reforçou.

Conforme o governo, apesar do avanço, o desafio continua. Atualmente, 508 piauienses aguardam por um transplante de rim e 411 esperam por córnea. A coordenadora da Central de Transplantes, Lourdes Veras, destaca que a autorização da família é indispensável. “A melhor maneira de garantir efetivamente que a vontade do doador seja respeitada é fazer com que a família saiba sobre o desejo de doar do parente falecido”, orienta.

Dirceu Campêlo, o superintendente de Gestão da Rede de Média e Alta Complexidade da Sesapi, lembra que o cenário ainda exige mobilização. “Apesar do cenário desafiador, o aumento nos transplantes demonstra a eficiência das equipes envolvidas e o comprometimento da rede estadual em garantir o acesso ao tratamento de pacientes que aguardam na fila por um órgão. É importante incentivar a doação, pois várias vidas são salvas por meio de transplantes”, concluiu.

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