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PF deflagra operação contra desvios de recursos da Saúde na gestão do ex-prefeito Gil Paraibano

A ação visa combater grupo suspeito de desviar recursos públicos federais destinados à saúde do município de Picos.

Nesta quarta-feira (25), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Contra Simulado com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão, no Piauí e Maranhão, contra suspeito de desviar recursos públicos federais destinados à saúde de Picos, na gestão do ex-prefeito Gil Paraibano. A ação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal.

Foto: DivulgaçãoPrefeito de Picos, Gil Paraibano.
Prefeito de Picos, Gil Paraibano.

Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí e o juízo também determinou o sequestro de bens e valores dos investigados, no montante aproximado de R$ 3,5 milhões.

Foto: Divulgação/ PFOperação Contra Simulado da PF
Operação Contra Simulado da PF

Durante a ação, as equipes apreenderam aparelhos eletrônicos, veículos e documentos diversos com o objetivo de dar continuidade às investigações, identificar outros envolvidos, bem como recuperar bens e ativos obtidos com verba desviada.

Dinâmica do grupo criminoso

De acordo com a PF, o desvio era praticado através de fraudes em processos licitatórios da Secretaria Municipal de Saúde de Picos entre os anos de 2021 e 2023. As investigações revelaram que, por meio desse esquema, uma cooperativa sem capacidade técnica foi contratada de forma direcionada.

Além disso, a polícia destacou que o grupo suspeito simulava disputas regulares em licitações do tipo pregão eletrônico, no entanto, o resultado era manipulado, pois eles detinham o controle sobre ele. A fraude resultou em contratos superfaturados e desvio de recursos por meio de empresas de fachada, laranjas e operadores financeiros.

Os suspeitos utilizavam planilhas manipuladas, saques em espécie e fracionamento de valores. Segundo informações da PF, há indícios de que servidores públicos, agentes políticos e empresários participavam do esquema, que contava com suposto pagamento de propinas e desvio de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao final das investigações, a Polícia Federal explicou que os envolvidos no crime podem responder por fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

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