Dr. Gilberto diz que estoque de soro será abastecido por um mês em Teresina

Na manhã desta quinta-feira (11), equipes da Fundação Municipal de Saúde (FMS) se reuniram com fornecedores e obtiveram soro e dipirona injetável para abastecer UBS, UPAS, maternidades e hospitais de Teresina. O volume de insumos é capaz de suprir as unidades de saúde por um mês.

O presidente da pasta, Gilberto Albuquerque, ressaltou que a FMS está passando por dificuldades no pós-pandemia e relata que a situação é preocupante, mas está adotando medidas para alterar esse cenário.

Foto: Luis Marcos/ Viagora

Dr. Gilberto

“Nesse momento de pós Covid, estamos enfrentando diversas dificuldades e, dentre elas, a falta de matéria-prima para a produção de insumos hospitalares. Na última semana, tivemos uma dificuldade muito grande com a falta alguns medicamentos, o que nos deixa preocupado. Não temos medido esforços para manter a assistência aos pacientes”, explica.

Conforme a Fundação Municipal de Saúde, a ausência desses produtos é algo que ocorre em todo o território brasileiros, a falta de medicamentos atinge hospitais e farmácias, segundo o Conselho Federal de Farmácias, mais de 40 insumos estão em falta. Entre eles, dipironas, paracetamol e amoxicilina com clavulanato, explica Gilberto Albuquerque.

O órgão também se reuniu com os fornecedores para discutir sobre o assunto nessa quarta-feira (10). Além de realizar encontros com o Ministério da Saúde, na ocasião foi solicitado a importação do produto, porém nenhuma decisão foi adotada até o presente momento.

Uma relação com 20 medicamentos (Processo SEI/ANVISA nº 25351.911896/2022-19), foi enviada em junho pela Anvisa ao Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos do Ministério da Economia. O documento destacava o risco da falta de medicamento no mercado devido a ausência de matéria-prima para integrar as substâncias, bem como a escassez de insumos para embalagem.

Falta de insumos nos hospitais de Teresina

Na última quarta-feira (10), a FMS comunicou que os soros fisiológico, glicosado e ringer lactato estavam em falta no Brasil e que Teresina não possuía mais estoque de soros. Esse fato se deu devido à ausência de matéria prima para embalagens.

O vereador Deolindo Moura (PT) afirmou que seria possível abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a falta de insumos e medicamentos nos hospitais da capital. O parlamentar criticou a gestão da saúde e afirmou que a direção da FMS “não mostrou a que veio”.