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Secretaria de Justiça suspende policial penal após ofensas a colega em penitenciária de Teresina

A servidora ficará afasta das funções pelo período de 15 dias, como consta no despacho decisório publicado nessa terça-feira (21), no Diário Oficial do Estado.

A Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus), administrada pelo coronel Carlos Augusto, decidiu suspender a policial penal Marluce Silva Barros por proferir ofensas e apresentar comportamentos desrespeitosos em relação a outra policial dentro da Penitenciária Professor José de Ribamar Leite, em Teresina. A servidora ficará afasta das funções pelo período de 15 dias, como consta no despacho decisório publicado nessa terça-feira (21), no Diário Oficial do Estado.

Conforme a portaria, a policial Nayde Lima protocolou denúncia administrativa em face de Marluce Silva, alegando que estava sofrendo grosserias, ameaças, coações e constrangimentos por parte da acusada. O último fato teria acontecido no dia 02 de abril deste ano em uma discussão acalorada após Marluce proferir palavras ríspidas e ofensivas por motivo fútil.

Após alegações, uma Sindicância Punitiva foi instaurada em 14 de abril deste ano para apurar a conduta da policial penal. A comissão sindicante colheu depoimentos de outros policiais que, de forma quase unânime, afirmaram que Marluce possui muitas dificuldades no trato cordial entre colegas de trabalho.

Depoimentos de outros policiais

Conforme oitiva anexada no relatório final de sindicância, Nayde sempre teve medo de Marluce e as pessoas que trabalhavam com a acusada se queixavam da forma como ela se dirigia a elas. Também foi relatado que “ninguém queria ficar no mesmo plantão que ela” e a policial “possui uma difícil relação interpessoal com os colegas de trabalho”.

Os policiais pontuaram ainda que Nayde tem um bom comportamento funcional e que não fez nenhuma provocação em relação à Marluce. Outra oitiva pontuou que as servidoras sempre ficavam em postos de serviços distintos devido a relação conflitante entre as duas, que trazia “desconfortos, deixando o ambiente de trabalho carregado”.

Em relação a última discussão entre Nayde e Marluce, um dos policiais ouvidos informou que “Marluce e Nayde já estavam retornando do corredor em discussão e que essa discussão também se deu na recepção da unidade onde estava a declarante;(...) que aquela discussão na opinião da declarante não deveria acontecer, pois era um ambiente de trabalho, inclusive trouxe "mal-estar" e animosidades durante o expediente, deixando o ambiente "carregado", coisa que não deveria acontecer; que não presenciou outra discussão entre aquelas servidoras”.

Punição

Diante dos depoimentos que corroboram com os fatos narrados na denúncia, a comissão sindicante concluiu que a acusada não agiu com os deveres e atribuições próprias de Policial Penal. Marluce também violou o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Piauí ao deixar de exercer com dignidade, zelo e dedicação as atribuições de seu cargo, não possuir conduta leal às instituições a que servir e não tratar com urbanidade as pessoas.

O secretário Carlos Augusto decidiu que a policial merece ser punida com 15 dias de suspensão. Com base no estatuto dos servidores mencionado, a autoridade deverá apreender carteiras funcionais, insígnias, distintivos, armas e quaisquer outros documentos ou objetos que possibilitem o servidor suspenso apresentar-se na qualidade de servidor.

Outro lado

A policial penal não foi localizada para comentar sobre o assunto. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.

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